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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Portugal tem esperança média de vida superior à média europeia

Segundo dados da OCDE Portugal está em 16º lugar na esperança média de vida à nascença, o que quer dizer que está acima do Reino Unido e da média da União Europeia (UE).
O último relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), hoje divulgado, mostra que a esperança de vida nos países da União Europeia aumentou mais de seis anos em duas décadas. As mulher da UE vivem em média até aos 81,7 anos e os homens até aos 75,3 anos.
Portugal está acima da média comunitária, encontrando-se em 16º lugar. A esperança de vida das portuguesas à nascença é de 82,6 anos e dos portugueses 76,5.  Logo a seguir encontra-se o Reino Unido. Nos primeiros lugares estão a França, com o valor valor mais elevado para as mulheres (86 anos), e a Suécia para os homens (79,4).
O relatório apresenta no fim da tabela a Bulgária e a Roménia, onde a esperança de vida das mulheres não ultrapassa os 77,3 anos. Na Lituânia, os homens vivem em média apenas até aos 67,3.
Ao conjugar a baixa taxa de natalidade e do índice de fertilidade, o aumento da idade da mulher ao nascimento do 1º filho, e o crescente aumento da esperança média de vida, Portugal caminha a passos largos para uma população cada vez mais envelhecida.

fonte: http://www.tecnologia.com.pt/2012/11/portugal-tem-esperanca-media-de-vida-superior-a-media-europeia/

sábado, 20 de outubro de 2012

As mulheres nas IPSS

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Dopamina e Parkinson

Dopamina e Parkinson

Cientistas portugueses e norte-americanos revelam pistas moleculares


Tiago Fleming Outeiro, investigador

Investigadores portugueses e norte-americanos publicaram na última edição da revista «PLoS One» um estudo que revela novas pistas sobre a acção da dopamina, um estimulante do sistema nervoso central, na doença de Parkinson.

O estudo foi desenvolvido na Harvard Medical School (Estados Unidos) e no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, e contou com a colaboração de investigadores portugueses, norte-americanos e alemães.

A doença de Parkinson caracteriza-se pela degeneração e morte de neurónios produtores de dopamina, numa região do cérebro, a substancia nigra.
Apesar de se desconhecerem ainda aspectos importantes dos mecanismos moleculares responsáveis pela doença, sabe-se que na sua base está a formação de agregados de proteínas dentro dos neurónios, nomeadamente, de uma chamada alfa-sinucleína.

Em doentes de Parkinson, a alfa-sinucleína adopta uma forma alterada, que provoca a sua agregação em aglomerados tóxicos para as células. O estudo agora publicado vem mostrar que as alterações sofridas pela proteína podem ser induzidas pela dopamina, sugerindo o seu papel na formação dos agregados de proteína característicos da doença.


Formam-se agregados de proteínas dentro dos neurónios
A dopamina é um estimulante do sistema nervoso central, percursor da adrenalina e noradrenalina, e está também envolvida na dependência psicológica a vários vícios. No sistema motor, desempenha também um papel fundamental.

Os resultados publicados fornecem também uma possível explicação para observações anteriores, que revelaram que os neurónios produtores/receptores deste estimulante são mais vulneráveis à morte celular – característica da doença de Parkinson.

Agregados proteicos
“O nosso trabalho sugere que a vulnerabilidade dos neurónios na doença de Parkinson esteja relacionada com a capacidade da dopamina de favorecer formas de alfa-sinucleína que levam ao aparecimento de agregados proteicos”, esclarece Tiago Fleming Outeiro, primeiro autor e correspondente do estudo, investigador do Instituto de Medicina Molecular e sub-director do «Ciência Hoje».



Neurónios produtores/receptores de dopamina
mais vulneráveis à morte celular
“Identificámos formas específicas de alfa-sinucleína utilizando uma técnica de microscopia muito avançada, que esperamos poder vir a utilizar em Portugal em breve. Estes nossos resultados ajudam a compreender melhor o mecanismo molecular que conduz à doença, bem como encontrar novas formas para a sua prevenção ou terapia”, continua o investigador.

Parkinson é uma doença neurodegenerativa que atinge actualmente mais de seis milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, afecta já mais de 20 mil pessoas.

Manifesta-se habitualmente a partir dos 60 anos, havendo, no entanto, cinco a dez por cento de casos em que os sintomas aparecem aos 40 anos ou mais cedo. Os sintomas mais evidentes são os tremores, a lentidão de movimentos, problemas de equilíbrio e a rigidez dos membros.

Portugueses descobrem principal causa da doença de Parkinson

Investigadores da Universidade Coimbra

Portugueses descobrem principal causa da doença de Parkinson

"Uma equipa de investigadores de Coimbra descobriu que a principal causa da doença de Parkinson será a disfunção da mitocôndria, responsável pela produção de energia nas células, "contrariando algumas das últimas teses científicas" sobre a patologia.


Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, lentamente progressiva e que se manifesta através de rigidez muscular, tremores, diminuição da mobilidade e instabilidade postural.
Afectará "mais de quatro milhões de pessoas em todo o mundo" e "em mais de 90 por cento dos casos" é de origem desconhecida, disse Sandra Morais Cardoso, líder do grupo de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (UC).
O estudo, publicado na revista 'Human Molecular Genetics', vem demonstrar que "a deficiência no tráfego intracelular (auto-estradas celulares) é provocada pela disfunção das mitocôndrias dos doentes", que são responsáveis pela produção de energia nas células, refere uma nota divulgada pela UC.
Sandra Morais Cardoso explica que "a disfunção mitocondrial é o evento que está na base da deficiente autofagia, o mecanismo através do qual ocorre a degradação de organelos disfuncionais e de proteínas danificadas", que permite eliminar o lixo biológico que se acumula ao longo do envelhecimento e que se não for expulso leva à morte das células.
A investigação, que tem como primeira autora a aluna de doutoramento Daniela Moniz Arduíno, vem também demonstrar que a activação de uma autofagia deficiente, por si só, "é pior para o envelhecimento das células", prejudicando ainda mais o paciente."

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Parkinson: empresa austríaca testa a que poderá ser a primeira vacina contra a doença


A primeira vacina contra a Doença de Parkinson pode ser uma realidade a breve prazo, agora que uma empresa austríaca desenvolveu uma terapêutica que visa bloquear a proteína que influencia o desenvolvimento da doença. Os ensaios em humanos já começaram.
Está já a ser testada, em pacientes humanos, aquela que pode vir a ser a primeira vacina contra a Doença de Parkinson. A Affiris, uma empresa de biotecnologia austríaca, anunciou em comunicado que deu início ao “primeiro estudo clínico no mundo” para tornar a vacina numa realidade.
A terapêutica PDO1A visa bloquear a alfa-sinucleína, uma proteína cuja acumulação estimula o desenvolvimento de Parkinson. O objetivo da empresa é que a vacina “eduque o sistema imunológico para que este produza anticorpos dirigidos contra a alfa-sinucleína”, oferecendo, pela primeira vez, “a perspetiva dum tratamento das causas da doença e não apenas dos sintomas”.
Os estudos mais avançados apontam para que sejam os depósitos patológicos de alfa-sinucleína no cérebro a provocar as incidências de Parkinson, pelo que os investigadores acreditam que a primeira medida passa por conseguir reduzir esses depósitos. Será esse o âmbito da segunda fase de ensaios clínicos em humanos, uma vez que agora está a ser testada a tolerância do organismo à PDO1A, num ensaio que envolve 32 pacientes e decorre numa clínica em Viena, na Áustria.
Estes testes irão decorrer até ao final deste ano e têm um apoio de 1,5 milhões de dólares da fundação de Michael J. Fox, o ator norte-americano que se tornou num dos rostos da doença.

Autor: João Miguel Ribeiro Quarta, 06 Junho 2012

Alzheimer: Vacina com resultados promissores


De acordo com um relatório divulgado pelo Instituto Karolinska, na Suécia, os ensaios levados a cabo por uma equipa de cientistas revelaram-se positivos em 80 por cento dos pacientes. Esta é a primeira vez que uma vacina contra a doença de Alzheimer tem bons resultados num ensaio clínico.
O aspeto inovador do estudo está na descoberta de anticorpos contra a proteína que mais danifica o cérebro, o órgão mais afetado pela doença. De acordo com a conclusão do estudo, publicado pela revista The Lancet Neurology, esta vacina, designada por CAD106, embora não cure totalmente a doença, conduz à criação de anticorpos capazes de combater a beta-amiloide, a proteína mais perigosa do Alzheimer.
Neste estudo, que teve uma duração de três anos e que envolveu 58 pacientes, os investigadores concluíram que “80 por cento dos pacientes envolvidos nos testes conseguiram desenvolver anticorpos sem sofrer efeitos secundários”, apesar dos resultados terem sido mais favoráveis “nos pacientes com doença de Alzheimer ligeira a moderada”.
Os ensaios clínicos deverão prosseguir para uma nova fase, por forma a avaliar e confirmar a eficácia da vacina.
Recorde-se que a doença de Alzheimer afeta atualmente cerca de 36 milhões de pessoas em todo o mundo e, segundo as estimativas, ultrapassará os 115 milhões em 2050.


Autor: Paulo Ferreira Domingo, 10 Junho 2012 18:36

domingo, 18 de março de 2012

Quem tem direito à pensão de velhice Quais as condições necessárias para ter acesso à pensão de velhice O que conta para o prazo de garantia Prazo de garantia (exceções) Quais as condições necessárias para ter acesso à pensão de velhice antecipada

GUIA PRÁTICO PENSÃO DE VELHICE INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

Uma Abordagem do Serviço Social à Política de Cuidados na Velhice em Portugal

Livro: http://pt.scribd.com/doc/85872708
Autora: Maria Irene Carvalho

A expressão terceira idade tem origem...

A expressão terceira idade tem origem numa das conhecidas divisões das chamadas Idades do Homem - infância, maturidade e velhice -, imortalizada em um quadro desse mesmo nome, pintado pelos pintores Ticiano (1488/1576) e Giorgioni (? /1510). 
Muitas outras divisões em “idades” se celebrizaram através dos tempos, desde Hesíodo, que em uma de suas obras - O trabalho e os dias - identifica cinco idades do homem. 

Na peça de Shakespeare, As you like it, são mencionadas oito idades do homem:
1 o infante, 
2 o escolar, 
3 o amante,
4 o soldado, 
5 o homem maduro, 
6 a velhice, 
7 a senilidade 
8 e a morte,
seguindo uma linha que vem da Idade Média que classificava as “idades” em infância, puerilidade, juventude, idade madura, velhice e senilidade. 

Este tema foi muito popular entre os séculos VIII e XVII, estando presente em textos, calendários e iconografias."

FONTE: Palacios Annamaria Velhice Palavra Proibida                                                                                                   

Dez idosos encontrados mortos em casa em Lisboa desde o início do ano


Câmara de Lisboa quer reforçar assistência e socorro a estes casos  
Câmara de Lisboa quer reforçar assistência e socorro a estes casos (Foto: Adriano Miranda)
Desde o início do ano até ontem, foram encontrados mortos em casa dez idosos, só em Lisboa. Este número, que já inclui o caso das duas mulheres descobertas ontem à tarde mortas no apartamento onde viviam, na freguesia das Mercês, é "preocupante" e tem vindo a aumentar nos últimos anos, diz o vereador da Protecção Civil, Manuel Brito.

Na sequência do caso registado ontem, o vereador convocou a vereadora da Acção Social, Helena Roseta, para uma reunião na qual pretende discutir formas de reforçar o apoio a pessoas em risco na cidade.

As duas mulheres, de 74 e 80 anos, encontradas ontem mortas no apartamento onde viviam na Travessa do Convento de Jesus, já não eram vistas desde o início do ano. Segundo a porta-voz do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa, subcomissária Carla Duarte, "a irmã mais nova morreu e a outra deixou de receber assistência, tendo acabado por falecer", com fome e sede. A mulher de 80 anos estava acamada e era a irmã, doente com cancro, que lhe prestava assistência.

“Fiquei chocado com a situação. Vamos ver que vias de comunicação podemos accionar para aumentar o alcance da nossa rede de socorro”, disse ao PÚBLICO o vereador Manuel Brito. O tema vai ser discutido esta tarde numa reunião de rotina com a Protecção Civil e o Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) de Lisboa, para a qual o vereador decidiu convidar Helena Roseta.

“Temos todos de reflectir sobre isto porque temos dados preocupantes sobre o aumento do número de pessoas encontradas mortas em casa nos últimos anos”, adiantou. "Temos salvo muitas pessoas, mas se não somos avisados a tempo, não podemos intervir", lamentou.

Em 2011, os bombeiros receberam 1511 chamadas para abertura de porta com socorro. Nestas intervenções foram salvas 1129 pessoas que precisavam de apoio e resolvidas 303 situações de risco (como fogões acesos ou outras), mas 79 pessoas foram encontradas já mortas nos seus apartamentos. No ano anterior, tinham sido 60, segundo os dados disponibilizados pelo vereador Manuel Brito.

O RSB e a Protecção Civil têm uma brigada permanente para apoio a pessoas que vivem sozinhas e idosos. A equipa vai ao encontro das pessoas que estão identificadas como vivendo sozinhas e sem família conhecida. No entanto, sublinha Manuel Brito, “a equipa só pode intervir se for alertada”.

As irmãs não tinham mais familiares. Foi um vizinho que alertou a PSP por estranhar a ausência das duas. O RSB forçou a entrada no apartamento e encontrou as mulheres já cadáveres, em avançado estado de decomposição.

“Há aqui uma rede social indispensável, formada pelos vizinhos e pela família, que não está a funcionar”, lamenta o vereador.

Segundo a Rádio Renascença, a Junta de Freguesia das Mercês nunca recebeu qualquer sinalização do caso para pedir assistência domiciliária.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cérebro começa a declinar a partir dos 45 anos, diz estudo Um estudo realizado pela University College de Londres (UCL) indicou que as funções do cérebro podem começar a se deteriorar já aos 45 anos de idade.

Entre mulheres e homens com idades entre 45 e 49 anos, os cientistas perceberam um declínio no raciocínio mental de 3,6%. As conclusões contradizem pesquisas anteriores sugerindo que o declínio cognitivo só começaria depois dos 60.

O estudo, publicado na revista científica British Medical Journal, foi conduzido ao longo de dez anos, entre 1997 e 2007. Os cientistas avaliaram a memória, o vocabulário e as habilidades cognitivas - de percepção ou de compreensão - de quase 5,2 mil homens e 2,2 mil mulheres entre 45 e 70 anos, todos, funcionários públicos britânicos.

Os resultados demonstraram uma piora em memória e cognição visual e auditiva, mas não em vocabulário - com um declínio mais acentuado nas pessoas mais velhas. Entre os indivíduos entre 65 e 70 anos, eles perceberam um declínio mental foi de 9,6% entre homens e 7,4% entre mulheres da mesma idade.

Para os cientistas, isso quer dizer que a demência não é um problema exclusivo da velhice, e sim um processo que se desenrola ao longo de duas ou três décadas.

"É importante identificar os riscos cedo. Se a doença começou em um indivíduo nos seus 50 que só começa a ser tratado nos 60, como fazemos para separar causa e efeito?", questiona o professor Archana Singh-Manoux, do Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Saúde da População, na França, que conduziu a pesquisa na instituição londrina.

"O que precisamos agora é analisar aqueles que experimentam um declínio cognitivo mais rápido que a média e saber como parar o declínio. Algum nível de prevenção definitivamente é possível", afirma.

Crise de meia-idade
Singh-Manoux argumenta que as taxas de demência devem aumentar na sociedade na medida em que as funções cognitivas estão conectadas a hábitos e estilo de vida, através de fatores como o fumo o nível de exercício físico.

Para a Sociedade contra o Alzheimer, uma organização de pesquisa e lobby no combate à demência, o estudo mostra a necessidade de mais conhecimento das mudanças no cérebro que sinalizam o problema.

"O estudo não diz se qualquer dessas pessoas chegou a desenvolver demência, nem quão viável seria para o seu médico detectar essas primeiras mudanças", afirmou a gerente de Pesquisas da Alzheimer Society, Anne Corbett.

"São necessários mais estudos para estabelecer as mudanças mensuráveis no cérebro que possam nos ajudar a melhorar o diagnóstico da demência."

O diretor de Pesquisas na organização, Simon Ridley, reforçou a necessidade de conscientizar a população sobre os benefícios de ter hábitos saudáveis. "Embora não tenhamos uma maneira infalível de prevenir a demência, sabemos que mudanças simples de hábitos - adotar uma dieta saudável, não fumar, manter o colesterol e a pressão do sangue sob controle - reduzem o risco de demência", afirmou.

"Pesquisas anteriores indicaram que a saúde na meia-idade afeta o risco de demência durante o envelhecimento, e estas conclusões nos dão mais razões para cumprir as resoluções de Ano-Novo", completou.