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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Parkinson: empresa austríaca testa a que poderá ser a primeira vacina contra a doença


A primeira vacina contra a Doença de Parkinson pode ser uma realidade a breve prazo, agora que uma empresa austríaca desenvolveu uma terapêutica que visa bloquear a proteína que influencia o desenvolvimento da doença. Os ensaios em humanos já começaram.
Está já a ser testada, em pacientes humanos, aquela que pode vir a ser a primeira vacina contra a Doença de Parkinson. A Affiris, uma empresa de biotecnologia austríaca, anunciou em comunicado que deu início ao “primeiro estudo clínico no mundo” para tornar a vacina numa realidade.
A terapêutica PDO1A visa bloquear a alfa-sinucleína, uma proteína cuja acumulação estimula o desenvolvimento de Parkinson. O objetivo da empresa é que a vacina “eduque o sistema imunológico para que este produza anticorpos dirigidos contra a alfa-sinucleína”, oferecendo, pela primeira vez, “a perspetiva dum tratamento das causas da doença e não apenas dos sintomas”.
Os estudos mais avançados apontam para que sejam os depósitos patológicos de alfa-sinucleína no cérebro a provocar as incidências de Parkinson, pelo que os investigadores acreditam que a primeira medida passa por conseguir reduzir esses depósitos. Será esse o âmbito da segunda fase de ensaios clínicos em humanos, uma vez que agora está a ser testada a tolerância do organismo à PDO1A, num ensaio que envolve 32 pacientes e decorre numa clínica em Viena, na Áustria.
Estes testes irão decorrer até ao final deste ano e têm um apoio de 1,5 milhões de dólares da fundação de Michael J. Fox, o ator norte-americano que se tornou num dos rostos da doença.

Autor: João Miguel Ribeiro Quarta, 06 Junho 2012

Alzheimer: Vacina com resultados promissores


De acordo com um relatório divulgado pelo Instituto Karolinska, na Suécia, os ensaios levados a cabo por uma equipa de cientistas revelaram-se positivos em 80 por cento dos pacientes. Esta é a primeira vez que uma vacina contra a doença de Alzheimer tem bons resultados num ensaio clínico.
O aspeto inovador do estudo está na descoberta de anticorpos contra a proteína que mais danifica o cérebro, o órgão mais afetado pela doença. De acordo com a conclusão do estudo, publicado pela revista The Lancet Neurology, esta vacina, designada por CAD106, embora não cure totalmente a doença, conduz à criação de anticorpos capazes de combater a beta-amiloide, a proteína mais perigosa do Alzheimer.
Neste estudo, que teve uma duração de três anos e que envolveu 58 pacientes, os investigadores concluíram que “80 por cento dos pacientes envolvidos nos testes conseguiram desenvolver anticorpos sem sofrer efeitos secundários”, apesar dos resultados terem sido mais favoráveis “nos pacientes com doença de Alzheimer ligeira a moderada”.
Os ensaios clínicos deverão prosseguir para uma nova fase, por forma a avaliar e confirmar a eficácia da vacina.
Recorde-se que a doença de Alzheimer afeta atualmente cerca de 36 milhões de pessoas em todo o mundo e, segundo as estimativas, ultrapassará os 115 milhões em 2050.


Autor: Paulo Ferreira Domingo, 10 Junho 2012 18:36