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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Boas Notícias - Nova técnica poderá reverter doença de Alzheimer

Boas Notícias - Nova técnica poderá reverter doença de Alzheimer

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Projecto pioneiro na UMa previne quedas dos idosos

«ProBalance» educa para a prevenção
Projecto pioneiro na UMa previne quedas dos idosos
O projecto denomina-se «ProBalance - Prehabilitation e enfermagem de reabilitação: Equilíbrio/risco de queda em adultos idosos residentes na comunidade», e destina-se a pessoas entre os 65 e os 80 anos de idade, que «tenham sofrido alguma queda no ano anterior ou que apresentem algum problema de equilíbrio, embora sendo capazes de andar autonomamente», explicou, ao Jornal da Madeira, Bruna Ornelas de Gouveia, investigadora responsável pelo programa.
Segundo esta professora assistente convidada do Centro de Competência Tecnologias da Saúde Universidade da Madeira (UMa) e doutoranda na Universidade do Porto, o tema da “prevenção” ganha cada vez maior importância e interesse entre os utentes e os especialistas da «saúde pública». Para a comunidade em geral, representa uma «mais-valia a todos os níveis da qualidade de vida».

Características do projecto em avaliação

O projecto «ProBalance» vai nesse sentido de «optimizar as habilidades motoras da pessoa, antes que ela as perca». Neste momento, «está numa fase preliminar, ou seja, de captação de voluntários, aderentes, para a sua avaliação e estudo nesta área».
Até agora já aderiram ao projecto cerca de 60 pessoas, colaboradores que se dispõem a “avaliar” o eventual “risco” a que estão sujeitos, devido ao “declínio da idade” ou outros factores naturais. E, nesta situação, o que se pretende é «trabalhar o equilíbrio, de modo a prevenir o efeito negativo da queda», esclarece a enfermeira especialista em reabilitação.
«Esta intervenção contempla, além da componente educativa, sessões práticas de treino de equilíbrio, por um período de três meses, para todos os participantes interessados e com critérios de inclusão», explica Bruna Ornelas de Gouveia.
O «ProBalance» em curso na Universidade da Madeira é para se desenvolver durante um ano e está a ser dinamizado por uma equipa constituida, essencialmente, por enfermeiros e profissionais da área da Educação Física e Desporto da UMa.
Em resumo: «porque todos os idosos apresentam risco de queda acrescido; pela relevante incidência de quedas verificada na nossa população num estudo anterior realizado na Universidade da Madeira; e pelas consequências potencialmente devastadoras destes acontecimentos para as pessoas com mais idade, e para a sociedade, considerámos pertinente desenvolver este estudo de intervenção, que visa a prevenção das quedas e a optimização do equilíbrio e mobilidade dos adultos idosos residentes na comunidade», disse ao JM Bruna Ornelas de Gouveia, que está a fazer o doutoramento neste campo sob a orientação científica das Professoras Doutoras Helena Jardim (UMa), Manuela Martins (ESEP) e Debra Rose (Cal State Fullerton, EUA).

Participação é gratuita inscrições abertas

A participação no «ProBalance» é voluntária e gratuita. Mais informações pelo telefone: 924065152 ou 291 705140; ou e-mail: projecto.probalance@gmail.com

Programa contempla exercícios de educação sobre o “equilíbrio”

O «ProBalance é um projecto de investigação que pretende testar uma intervenção multidimensional com o objectivo de melhorar o equilíbrio e prevenir quedas em idosos». Conta com uma vasta equipa de especialistas. E tem a aprovação das principas entidades oficiais da área da saúde na Região, nomeadamente a Comissão de Ética e o SESARAM, EPE.
As avaliações de saúde e as sessões de exercício/reabilitação realizam-se na Universidade da Madeira. As inscriçõs são gratuitas e podem ser feitas através do telefone (924065152 ou 291705140).

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Curta metragem a não perder, até ao próximo dia 5 de Novembro no Teatro do Bairro Alto, às 21.00.

PERDIDA MENTE
Um padeiro que é despedido porque põe as botas a cozer no forno e uma filha que aprende a viver com um pai que se perde à medida que as suas memórias (“lembrança”) se vão desvanecendo.

Curta metragem a não perder, até ao próximo dia 5 de Novembro no Teatro do Bairro Alto, às 21.00h.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

IPSS vão recuperar metade do IVA e ficam isentas de IRC

O Orçamento de Estado de 2012 determina o fim das isenções de IRC, mas prevê que as IPSS e as instituições comparadas sejam excepção à regra e posem continuar a beneficiar de isenção. Quanto à medida proposta pelo anterior governo, de acabar com a devolução do IVA das obras e investimentos das instituições particulares de solidariedade social - o OE2012 estipula que novas obras pagarão IVA (23%) mas beneficiarão do seu reembolso em 50% do seu montante (na prática pagarão 11,5%).
Lino Maia, presidente da CNIS, realça o “frutuoso diálogo e sensibilidade do Ministro da Solidariedade” que teve em consideração o papel importante das IPSS e economia solidária no combate à crise e protecção dos mais desfavorecidos. “Não é o que queríamos, continua a luta... para a equiparação as autarquias, mas é bem melhor do que aquilo que se previa a partir do que se passou no ano passado e do que previa o programa de assistência da troika. Em relação às obras em curso (iniciadas até trinta e um de Dezembro de dois mil e dez) e às candidaturas (aceites até trinta e um de Dezembro de dois mil e dez) continuarão a recuperar todo o seu montante.
No Orçamento está ainda confirmada a extinção do IDT – Fórum Nacional Álcool e Saúde. Lino Maia assegura que “a CNIS assinou a carta compromisso e apresentou em tempo oportuno uma proposta compromisso. Ficam-se a aguardar os desenvolvimentos sobre a matéria.”
 

OE 2012: CNIS saúda alívio da carga fiscal
Restituição de 50% do IVA suportado com obras e manutenção da isenção de IRC são as medidas em causa.


O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) manifestou hoje a sua satisfação pelas medidas previstas no Orçamento de Estado (OE) para 2012 que visam aliviar a carga fiscal nas IPSS.

“São sobretudo sinais positivos, não muito quantificáveis, mas positivos, sem dúvida”, disse o padre Lino Maia à Agência ECCLESIA, falando em “muito diálogo e esforço da CNIS junto do Governo”.
Em causa estão a restituição de 50% do IVA suportado “com a construção, manutenção e conservação de imóveis”, prevista no artigo 171.º do OE 2012, e a manutenção do regime de isenção do IRC para as Instituições de Solidariedade, que chegou a ser questionado aquando da assinatura do acordo com a ‘troika’ (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional).
O presidente da CNIS diz que a medida ajudará na execução de “obras de beneficiação e recuperação” e não “propriamente obras novas”.
“É um benefício, mas é evidente que a nossa campanha, digamos assim, a nossa luta está em que seja revisto todo este sistema fiscal. Penso que as Instituições deverão no futuro – eu queria que fosse já – poder beneficiar do mesmo regime das autarquias, mas já há um sinal positivo” no novo OE, indica o padre Lino Maia.
No último dia 13, o primeiro-ministro português anunciara que o OE 2012 iria acautelar a “fiscalidade das Instituições Públicas de Solidariedade Social” (IPSS), falando num momento de “emergência nacional”.
“Ao contrário do que estava previsto no Programa de Assistência, acautelaremos a fiscalidade das Instituições Públicas de Solidariedade Social”, disse Pedro Passos Coelho.
O OE para 2012 retoma assim a restituição do IVA na aquisição de bens e serviços relacionados com a atividade desenvolvida pelas IPSS, independentemente da confissão religiosa a que possam ou não estar ligadas, prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, que tinha sido revogado no OE de 2011.
Nos últimos meses, as IPSS tinham o direito à restituição de um montante equivalente ao IVA suportado em operações que se encontrassem em curso até 31 de dezembro de 2010, bem como naquelas que estavam já contratualizadas ou com decisão de aprovação da candidatura.
in agencia ecclesia

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Alzheimer afecta cerca de 110 mil portugueses

22 Setembro, 2011 - 11:20

Aproximadamente 110 mil portugueses sofrem com a doença de Alzheimer, revelou a Associação Alzheimer Portugal/Norte, que defende a criação de um plano nacional de combate aos vários tipos de demência.
O presidente da associação, António Proença, afirmou, em declarações à Lusa, que cerca de 150 mil portugueses sofrem com patologias mentais, sendo que, destes, 110 mil têm Alzheimer.

Perante esta realidade, o responsável destaca que é urgente criar um plano de âmbito nacional para combater os vários tipos de demência existentes, bem como desenvolver estruturas de apoio às famílias dos doentes.

António Proença alerta ainda, que, actualmente, as unidades da saúde que têm a capacidade de receber e tratar pacientes com Alzheimer em Portugal são "escassas ou praticamente nenhumas".

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Alimentos que ajudam....


Vitamina C dissolve proteína tóxica que causa a doença de Alzheimer

2011/08/23 | Alert Online |

Cientistas da Universidade de Lund, na Suécia, descobriram que a vitamina C é capaz de dissolver a proteína tóxica que causa o início da doença de Alzheimer no cérebro. O estudo foi publicado no “Journal of Biological Chemistry “.

O cérebro de pessoas com Alzheimer apresenta acumulação de placas amilóides. Estas placas causam a morte das células nervosas no cérebro e os primeiros nervos que são atingidos são os do centro da memória.

Em comunicado de imprensa, Katrin Mani, especialista em medicina molecular da Universidade de Lund, explicou que quando trataram “o tecido cerebral de ratos, manipulados para apresentarem Alzheimer, com a vitamina C, observámos que a proteína tóxica se dissolvia."

Estes resultados mostram, segundo a investigadora, um modelo até então desconhecido pelo qual a vitamina C afecta as placas amilóides. "Outro dado interessante verificado é que a vitamina C não necessita vir de frutas frescas. As nossas experiências mostraram que a vitamina C também pode ser absorvida em maiores quantidades na forma de ácido dehidroascórbico, proveniente de sumo que passou a noite no frigorífico, por exemplo ", acrescenta.

Actualmente, não existe um tratamento que cure a doença de Alzheimer, mas os cientistas continuam a investigar novas vias que possam conduzir a fármacos e métodos para atrasar e reduzir a progressão desta doença, combatendo os seus sintomas.

Os antioxidantes como a vitamina C têm um efeito protector contra diversas doenças, desde resfriados comuns a enfartes do miocárdio e demência, e são por isso objecto de estudo para muitos cientistas.

Para Katrin Mani, "a ideia de que a vitamina C possa ter um efeito positivo sobre a doença de Alzheimer é controversa, mas os nossos resultados fornecem novas oportunidades para investigar esta doença e o potencial da vitamina C".


Fonte: Alert Online

sábado, 13 de agosto de 2011

Um dia, também eles foram jovens. Um dia, também nós seremos velhos.

A solidão é um dos maiores flagelos das sociedades modernas. Afecta novos e velhos de todas as classes sociais, embora, como sempre e em tudo, sejam as mais baixas quem mais sofre com o isolamento.

E porquê? Simplesmente por muitas vezes não terem sequer dinheiro para um bilhete de autocarro, para uma cadeira de rodas, para uma assistência social digna. O mundo atual preocupa-se mais com o capital do que com as pessoas. Vivemos num mundo em que os governos injetam milhões na banca mas esquecem os mais deprotegidos.

Esta série documental de vídeos tem como objectivo fazer-nos refletir, pensar sobre o tipo de sociedade em que vivemos, para onde caminha o mundo que estamos a construir. Pensar se respeitamos suficientemente os nossos idosos, se os fazemos sentirem-se úteis, se queremos aprender com eles o que não podemos aprender com mais ninguém e em mais lado nenhum.

Um dia, também eles foram jovens. Um dia, também nós seremos velhos.

Pedro Neves


Ler mais:http://aeiou.expresso.pt/solidao-em-portugal-especial-multimedia=f651132#ixzz1Uwz9y5jD

terça-feira, 19 de abril de 2011

Medina Carreira: pensões serão simbólicas (vídeo)

O fiscalista Medina Carreira, em entrevista exclusiva ao Expresso, alerta que entre 10 a 20 anos não haverá dinheiro para pagar as pensões de reforma.


http://aeiou.expresso.pt/medina-carreira-pensoes-serao-simbolicas-video=f643981

Expresso TV: Segunda feira, 18 de Abril de 2011.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

CONFERÊNCIA: SOLIDARIEDADE INTERGERACIONAL e SNOEZELEN PARA IDOSOS

Nos dias 28 e 29 de Abril de 2011 irá decorrer na Universidade Lusíada de Lisboa o Seminário Solidarity Between Generations.
É uma iniciativa coordenada e organizada pela Cooperativa de Solidariedade Social CO(OP)RAÇÃO, mas que conta com a participação de diversas organizações europeias.

Este seminário une dois projectos em torno do mesmo tema: a solidariedade e as práticas intergeracionais. Act Age é um projecto no âmbito do Programa Juventude em Acção que visa ser uma plataforma de discussão e intercâmbio de boas práticas, com base em contribuições teóricas e estudo de casos práticos sobre o desenvolvimento de ferramentas de educação não formal para práticas intergeracionais em projectos juvenis. O projecto How to Age in Europe, no âmbito do Programa Europa para Cidadãos, pretende levar as pessoas a debater e reflectir sobre a construção de uma Europa que enfrenta o envelhecimento como um desafio e uma oportunidade para promover a cidadania europeia, contando com o apoio de diversas organizações preocupadas com este assunto.

O evento será aberto a todos os profissionais na área da juventude com ou sem experiência e também para profissionais da área da gerontologia, sociologia, serviço social, animação sociocultural, psicologia, entre outras, que, directa ou indirectamente, contribuem para projectos intergeracionais, profissionais dos centros de dia e lares, professores, educadores de infância, profissionais de saúde, etc.

 Mais informações em: http://www.sbg-seminar.eu/



SNOEZELEN PARA IDOSOS
A palavra Snoezelen provém do Holandês Snuffelen - cheirar e Doezelen - tornar-se leve, relaxar. Tradicionalmente, na Holanda, onde nasceu, nos anos 60, o Snoezelen foi aplicado numa sala especial com um equipamento que oferecia múltiplos estímulos, envolvendo todos os sentidos, tanto para estimular como para relaxar. O principal objectivo no Snoezelen - abordagem multissensorial - é acompanhar a pessoa idosa no crescimento da aceitação da sua nova condição, na manutenção das suas capacidades, criando um contexto de calma e tranquilidade, motivador e desafiador, onde não existem exigências, expectativas ou opiniões, mas um lugar sagrado, longe de todos os espaços comuns e recolhido, onde todos os sentidos e experiências proporcionadas só para si mesmo, o seu tempo, as suas limitações, os seus sentimentos...
>
> Mais informações em: http://www.sbg-seminar.eu/
> Ou www.snoezelen-idosos.com

segunda-feira, 28 de março de 2011

Solidariedade com os doentes com Alzheimer

Foram muitos os artistas que responderam sim ao convite e que abrilhantaram com a sua presença o concerto que teve lugar a partir das 18:00 e que tinha como mote "Contra a indiferença sê voluntário".

Katia Guerreiro, muito querida do público, esforçou demasiado a voz nos agudos, enquanto que Mafalda Arnauth esteve bem com a sobriedade que se lhe conhece.

Jorge Palma, exímio pianista, trouxe consigo a irreverência que lhe é habitual não deixando os seus créditos por mãos alheias.
Rita Guerra esteve bem, Quinta do Bill, João Pedreira, Muxima e os dois Miguéis cumpriram dando brilho a o espectáculo não lhe transmitindo, em nosso entender, a garra que lhes é própria.
De salientar a actuação dos Ensemble Escola de Jazz Luiz Villas-Boas/Hot Clube de Portugal que são a prova viva que o trabalho de Luis Villas-Boas deixou frutos.

A primeira parte do evento aconteceu entre as 15:00 e as 18:00, no espaço circundante da Praça de Touros, com tendas do Instituto Português do Sangue e do Centro de Histocompatibilidade do Sul que procederam à recolha de sangue e à identificação de potenciais dadores de medula.

Para além do público que não encheu o Campo Pequeno, estavam na assistência o Presidente da União das Misericódias, a Ministra da Saúde e a congénere da Cultura e outras figuras públicas ligadas à Área da Acção Social.

O resultado líquido desta iniciativa será utilizado para aquisição de materiais e equipamentos que contribuam para melhorar a qualidade de vida e bem-estar de doentes com Alzheimer, doença que tende a ter um crescimento exponencial no nosso país e que exige uma dedicação e um apoio excepcionais, tanto ao doente como à sua família/cuidadores, afirmou a organização.

Fonte: in Jornal HARDMUSICA



domingo, 6 de março de 2011

"Poesia: O Alzheimer num mundo cruel

http://aeiou.expresso.pt/poesia-o-alzheimer-num-mundo-cruel=f635361

"Poesia" é um filme sul coreano com uma história intensa, que nos remete para a doença de Alzheimer e para os contornos cruéis que a vida pode assumir.

Mija (Yun Jung-hee) é uma mulher de 66 anos que, recuperando uma antiga paixão nunca concretizada, inscreve-se em aulas de poesia. O professor diz-lhe que para encontrar a sua voz terá de observar verdadeiramente o que a rodeia. Só que a realidade de Mija irá revelar-se cada vez mais insuportável.

Ela é uma mulher numa posição extremamente vulnerável, que para lá dos subsídios que recebe do Estado, tem de sobreviver com o que ganha com um part-time a tomar conta de um idoso semi-paralizado por uma trombose. Por motivos não esclarecidos no filme, a filha, que vive numa outra cidade, deixou-lhe o encargo de, com os seus fracos rendimentos, tomar conta do neto.

A somar a esse quadro, um dia uma médica dá-lhe a trágica notícia que sofre de Alzheimer e que os primeiros sintomas, que já começou a sentir, irão em breve agravar-se. Pouco depois vem também a saber que o seu neto é um dos miúdos que repetidamente violaram uma colega de liceu que acabou para se suicidar.


Em ruptura com a hipocrisia

Para ocultar o crime, os pais dos outros miúdos planeiam pagar uma "indemnização" à mãe da vítima e Mija tem que arranjar a parte que lhe cabe pelo neto, mas não faz a mínima ideia como o irá fazer.

Nos telefonemas para a filha, Mija continua a ocultar tudo o que se está a passar. Os pais dos outros miúdos pressionam-na não só para arranjar o dinheiro da indemnização, como para ir falar com a mãe da vítima, a fim de a comover, para que não apresente queixa às autoridades pelo sucedido.

Incapaz de lidar com a hipocrisia em seu redor, Mija entra numa espécie de processo de negação, fugindo a tomar uma posição sobre o que se está a passar. É nesse processo que tudo se irá cruzar com as suas aulas de poesia, num percurso que irá trilhar até encontrar alguma harmonia entre a sua realidade e a sua verdade interior.


A complexidade da natureza humana

"O que me atrai é o ser humano. Carrascos ou vítimas, nós nunca somos só uma coisa. A natureza humana é complexa e, como artista, tenho a impressão que a minha função é iluminá-la. Filmo para conhecer o outro e a mim mesmo", declarou o realizador e argumentista Lee Chang-dong ao jornal brasileiro "Estadão".

"Poesia" foi contemplado com o prémio de melhor argumento no Festival de Cinema de Cannes. Chang-dong, que foi ministro da Cultura da Coreia, diz que após ter abandonado o cargo decidiu escrever argumentos o mais simples possíveis.

O resultado foi "Secret Sunshine", um filme sobre uma mulher que após perder o marido e o filho se vira para a religião (que já havia sido premiado em Cannes, nesse caso com a distinção para melhor atriz).

Agora traz-nos esta história sobre uma avó afetada pelo Alzheimer interpretada por Yoon Hee-jeong, uma antiga estrela coreana, que voltou ao cinema para este filme após 15 anos de interregno.

Fonte: in Expresso

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A velocidade da marcha parece estar ligada à longevidade das pessoas com mais de 65 anos.

Segundo estudos publicados hoje no jornal da associação médica norte-americana (JAMA).

“O número antecipado de anos a viver para os homens e as mulheres aumenta com a velocidade da sua marcha”, escrevem os autores da comunicação publicada no número do JAMA datado de 05 de janeiro, divulgado pela AFP.

Os estudos, que incidiram sobre um grupo extenso de indivíduos dos dois sexos, apuraram que a longevidade normalmente esperada para uma certa idade começa a aumentar a partir de uma velocidade de um metro por segundo. A velocidade média dos participantes foi de 0,92 metros por segundo.

Esta investigação baseou-se em dados recolhidos entre 1985 e 2000, junto de 34.485 indivíduos, dos quais 80 por cento brancos e 59,6 por cento mulheres, com uma idade média de 73,5 anos.

Os investigadores constataram que a velocidade da marcha está ligada às diferenças na probabilidade de sobrevivência dos participantes de todas as idades e de ambos os sexos.

Mas é especialmente cerca dos 75 anos que este parâmetro permite prever melhor a longevidade a dez anos, num intervalo de 19 a 87 por cento para os homens e de 35 a 91 por cento para as mulheres.

Os autores do estudo, liderado por Stephanie Studenski, da Universidade de Pittsburgh, no estado da Pensilvânia, concluíram que a velocidade da marcha é tão pertinente para prever a longevidade como a idade, o sexo, as doenças crónicas, um passado de fumador, o índice de massa corporal ou a tensão arterial.

In Jornal de Notícias

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Cada vez se morre mais nos hospitais ou em clínicas – houve um aumento de 13,3 por cento em Portugal neste período.

É uma tendência que começou na segunda metade do século XX e se acentuou na última década: morre-se cada vez mais nos hospitais. A casa como lugar para o fim da vida deixou de ser predominante e o problema é que uma parte substancial das unidades de saúde ainda não está preparada para lidar devidamente com a hospitalização da morte.

Só entre 2000 e 2008, a percentagem de pessoas que morreram nos hospitais ou em clínicas aumentou 13,3 por cento em Portugal. Os óbitos hospitalares representaram 61,4 por cento do total (contra 54,2 por cento, em 2000). Ao mesmo tempo, as mortes em casa – que em 2000 correspondiam sensivelmente um terço do total – eram já menos de 30 por cento em 2008. E é preciso notar que aqui estão incluídos os óbitos em lares de idosos. Os dados, do Instituto Nacional de Estatística, são analisados no estudo Dos 15 aos 115 – Tendências da mortalidade em Portugal 2000-2008 – um trabalho em que o Alto-Comissariado da Saúde avalia a evolução da mortalidade na primeira década do século XXI, comparando os valores dos anos 2000, 2004 e 2008.

É a confirmação de um fenómeno que o presidente do Conselho para a Qualidade na Saúde, o médico Luís Campos, foi o primeiro a observar e a destacar em Portugal. Em 1991, num trabalho sobre a hospitalização da morte, Luís Campos traçava já a curva ascendente dos óbitos por doença nas unidades de saúde, por contraponto às mortes por doença no domicílio – que representavam 88,3 por cento do total em 1958. Foi justamente no início da última década do século XX que passou a ser mais comum morrer no hospital do que em casa. Um fenómeno que é explicado por uma série de factores: a ocultação da morte, a mitificação da medicina e os avanços no campo da reanimação, acompanhados da redução do núcleo familiar e do aumento do trabalho feminino. O problema é que “esta mudança sociológica” não foi acompanhada pelo sistema de saúde, observa Luís Campos. Era necessário equipar os hospitais para as novas necessidades, mas ainda pouco foi feito.

Os autores do estudo do alto-comissariado chamam justamente a atenção para as debilidades da resposta a doentes em fase terminal nos hospitais. Para avaliar esta realidade, realizaram um inquérito em 28 serviços e obtiveram respostas de 36 responsáveis. Não é uma amostra representativa, mas permite ter uma ideia do que se passa nas unidades de saúde. Basta ver que apenas 36,8 por cento dos serviços inquiridos dispõem de um local próprio ou reservado para os doentes em fase terminal e que são a excepção os profissionais que têm treino específico para lidar com estes doentes, tal como são uma minoria os departamentos que mencionam a possibilidade de os cuidados serem prestados num esquema domiciliário.

O apoio aos familiares ainda é mais descurado: o telefone é o modo mais usado para participar a morte (71,7 por cento) e só uma minoria dos médicos e enfermeiros procura ajuda psicológica para os familiares após o óbito.

No trabalho recorda-se, a propósito, um estudo conduzido este ano pela Economist Intelligence Unit sobre a Qualidade da morte em 40 países, e em que Portugal surge globalmente classificado no 31.º lugar, sobretudo devido à dificuldade de acesso a cuidados paliativos.

Cancros matam cada vez mais

Globalmente, o cenário é bom: entre 2000 e 2008, verificou-se um declínio da mortalidade em todas as idades e as mortes prematuras (antes dos 65 anos) diminuíram. A má notícia é que os cancros mataram mais. Em termos absolutos, as mortes por cancro aproximavam-se já de um quarto do total dos óbitos em 2008 (23,2 por cento), quando em 2000 representavam pouco mais de um quinto.

Em contrapartida, as mortes devidas às duas principais doenças cardiovasculares (enfartes e acidentes vasculares cerebrais) baixaram substancialmente, de 28,8 por cento em 2000, para 21,6 por cento do total, em 2008.

Os resultados não surpreendem o presidente do colégio da especialidade de Oncologia da Ordem dos Médicos, Jorge Espírito Santo, que atribui este resultado ao aumento do número de novos casos de cancros. Mas há um dado referido no estudo do Alto Comissariado da Saúde – o número de anos de vida potencial perdidos – que é mais revelador, porque este indicador é que permite aferir o impacto que uma doença tem na sociedade, diz. Em 2008, o cancro era responsável por 29,4 por cento do total de anos de vida potencial perdida.”São pessoas que morrem cedo, em idades activas, com qualificação e experiência”, frisa Jorge Espírito Santo. Apesar de o enfoque dever ser colocado na prevenção primária e secundária, o médico lembra que é a boa organização do sistema de saúde também é fulcral para melhorar a situação.

In Publico

As mortes provocadas por Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) em Portugal diminuíram 33,9%.


Entre 2000 e 2008, tendo aumentado os óbitos por cancro no mesmo período, revela um estudo do Alto Comissariado da Saúde, publicado pela agência Lusa.

De acordo com o estudo “Tendências de Morte em Portugal” , disponível no sítio da internet do Alto-Comissariado, em Portugal registaram-se 99.025 mortes em 2000 e 98.840 em 2008, o que representa um decréscimo de 0,2%. O estudo concluiu que a maioria das mortes ocorreu devido a doenças do sistema circulatório e a cancro.

As doenças do sistema circulatório (enfarte agudo do miocárdio e AVC) foram responsáveis por 28,8% das mortes ocorridas em 2000, valor que baixou para os 21,6% em 2008. No entanto, a diminuição foi maior nas mortes devido a AVC (menos 33,9%) do que por enfarte agudo do miocárdio (menos 16,2%).

Em 2008, os AVC foram responsáveis por 162,8 mortes por mil habitantes e os enfartes por 84,9. Entre 2000 e 2008, as mortes provocadas por cancro aumentaram de 20,6% (o que representa 226,6 mortes por mil habitantes) para 23,2% (248,7 mortes por mil habitantes).

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Presidente Obama assinou uma lei histórica que estabelece as bases para uma Estratégia Nacional de Alzheimer nos EUA.


Este Projecto cria pela primeira vez uma estratégia nacional coordenada para uma das doenças mais temidas e mais caras e representa o reconhecimento da Doença de Alzheimer como epidemia, actualmente a sexta principal causa de morte nos Estados Unidos.
O Presidente Obama assinou uma lei histórica que estabelece as  bases para uma Estratégia Nacional de Alzheimer nos EUA.


A orientação americana vem ao encontro da posição que a Alzheimer Portugal tem defendido, e pela qual tem lutado, de que o reconhecimento das Demências como prioridade de Saúde Pública e de Política Social e a criação de um Plano Nacional para as Demências têm de ser vistas como uma prioridade nacional.