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domingo, 27 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Blá, blá, blá.
Que as nossas acções sejam superiores às intenções de natal.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Complemento para idosos não tira reformados solitários da pobreza

O complemento solidário para idosos (CSI) permite aumentar o rendimento dos pensionistas mais pobres mas, do ponto de vista estatístico, falhará o objectivo de tirar da pobreza os reformados que vivem sozinhos.


O complemento solidário para idosos (CSI) permite aumentar o rendimento dos pensionistas mais pobres mas, do ponto de vista estatístico, falhará o objectivo de tirar da pobreza os reformados que vivem sozinhos.

A conclusão consta de um estudo da autoria do economista Carlos Farinha Rodrigues, e explica-se pelo facto de os limites de rendimento mínimo estabelecidos anualmente pelo Governo serem mais baixos do que o limiar da pobreza que entretanto vai sendo apurado.

Elisabete Miranda
elisabetemiranda@negocios.pt

O complemento solidário para idosos (CSI) permite aumentar o rendimento dos pensionistas mais pobres mas, do ponto de vista estatístico, falhará o objectivo de tirar da pobreza os reformados que vivem sozinhos, noticia o Jornal de Negócios. A conclusão consta de um estudo da autoria do economista Carlos Farinha Rodrigues e explica-se pelo facto de os limites de rendimento mínimo estabelecidos anualmente pelo Governo serem mais baixos do que o limiar da pobreza que entretanto vai sendo apurado. O mesmo estudo revela que um em cada quatro idosos que recebe o CSI não se encontra verdadeiramente numa situação de pobreza. O estudo de Farinha Rodrigues compara o rendimento social de inserção, criado pelo Governo de António Guterres, e o complemento solidário para idosos, aprovado por José Sócrates, e conclui que a prestação de apoio aos idosos é menos eficaz no combate à pobreza do que o RSI.

Ver Jornal de Negócios



Governo admite corte nas novas pensões, mas não avança números

Por Redacção

O Diário de Notícias cruzou a legislação em vigor e dados do Instituto Nacional de Estatística e avançou que as pensões podem, já em 2010, ser reduzidas em 1,65 por cento. Segundo a Renascença, o Governo admite o corte, mas recusa indicar valores.

Maria do Carmo Tavares, da CGTP, considera este cenário inaceitável. Por outro lado, Paula Bernardo, da UGT, considera que a introdução do factor sustentabilidade será a forma mais justa de garantir o futuro do sistema de Segurança Social.

Para evitar o corte previsto nas pensões, os contribuintes que planeiem reformara-se ém 2010, aos 65 anos, terão de trabalhar mais dois a cinco meses. As novas contas devem-se ao aumento da esperança média de vida em 2009.
14:49 - 02-12-2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Portugueses envelhecem mais rápido










Nos últimos 28 anos, a percentagem de idosos na população portuguesa aumentou para 17,4%


Não há nenhum país da Europa que esteja a envelhecer tão rápido como Portugal. Entre 1980 e 2008, a percentagem da população com mais de 65 anos subiu de 11,2% para 17,4%. Esta foi uma das conclusões do estudo do Instituto de Política Familiar, apresentando ontem no Parlamento Europeu.

Apesar de Portugal ainda estar longe dos 20,1% de idosos de Itália e Alemanha, o ritmo de crescimento tem sido acentuado. "Tivemos um processo de envelhecimento mais acelerado do que outros países, muito por culpa de um declínio grande da fecundidade", explica ao i Maria Filomena Mendes, professora da Universidade de Évora. "Nos últimos anos, tem havido mais medidas, mas em geral os governos não se aperceberam desta tendência demográfica."

Mário Bandeira, especialista em demografia e professor no ISCTE, também culpa a não intervenção dos governos pelo agravamento da situação. "Desde 1982, quando baixámos dos 2,1 filhos por mulher, que não asseguramos a substituição das gerações", afirma. "Lembro-me de Cavaco Silva ter colocado médicos a estudar a infertilidade das mulheres quando era primeiro-ministro. Os resultados estão à vista."

E o futuro não parece muito risonho. O envelhecimento deverá continuar nos próximos anos, o que já está a ter graves consequências para a sustentabilidade da segurança social. "O Estado tem de pagar a mais pessoas e durante mais tempo", sublinha Filomena Mendes. "É necessário aumentar a natalidade de forma sustentada, através de incentivos laborais, nos custos da educação dos filhos e no rendimento das famílias."

O estudo revela ainda que, a par de Espanha, Portugal é o país que menos assistência oferece às famílias. O Estado português gasta 1,2% do PIB, enquanto a média europeia chega a 2,1%. Na opinião de Mário Bandeira, o mais importante é haver uma revolução de mentalidades. "É preciso perceber que está em causa o futuro do país."

Fonte: Jornal i - por Nuno Aguiar , Publicado em 12 de Novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Maus tratos a idosos triplicaram

"por

FILIPA AMBRÓSIO DE SOUSA22 Janeiro 2008

A tendência está à vista. O fenómeno de violência contra idosos tem vindo a aumentar em Portugal. Os mais recentes números conhecidos revelam que, nos últimos cinco anos, os registos deste tipo de violência triplicaram, dos mais de oito mil casos para os quase 25 mil em que a vítima do crime tem mais de 64 anos. Segundo fonte oficial da PSP, em 2007, "a tendência é a de que se registe um aumento da criminalidade denunciada neste contexto". "Não necessariamente pelo aumento de crimes, mas antes pelo aumento das queixas", explicou a mesma fonte ao DN.

Das 2911 queixas recebidas na PSP em 2006, apenas 139 são respeitantes a violência contra idosos. "Os idosos são vítimas silenciosas, já que não apresentam queixa por medo", garantiu fonte do gabinete do procurador-geral da República (PGR) ao DN.

E, por esse motivo, Fernando Pinto Monteiro já assegurou que vai pedir às procuradorias distritais de Lisboa, Porto, Évora e Coimbra que alertem as autarquias, juntas de freguesia e serviços da Segurança Social para denunciarem os casos de que tenham conhecimento.

O PGR garantiu mesmo que recebe centenas de faxes e cartas a denunciar essas situações. Como se trata de crime público nos casos mais graves - se estivermos perante ofensas corporais graves ou mesmo homicídio - e, como tal, não estão dependentes de queixa por parte das vítimas, Pinto Monteiro pede que haja uma atenção redobrada dessas instituições face a esta realidade.

"Não há nenhuma crítica que me faça desistir do meu caminho", garantia Pinto Monteiro na altura em que revelava que a violência nas escolas e contra idosos vai ser prioridade para 2008. O PGR garante que os casos que envolvem idosos são pouco denunciados, "razão pela qual é necessário e urgente tomar medidas".

Mas de que tipo de situações falamos? Quando se pensa em violência contra idosos, a tendência do comum dos mortais é pensar em espancamentos, torturas, privações e aprisionamento - esta última uma situação muito comum, aliás. Mas para além destas existem muitos outros casos de violência que são complexos, de difícil diagnóstico e também de muito difícil prevenção.

Os agressores mais frequentes podem exercer essa violência de diversas formas: maus tratos e abusos físicos, maus tratos psicológicos, negligência por abandono, negligência nas doses de medicamentos erradas dadas ao idoso para "ficarem mais calmos", negligência nos cuidados de saúde - na sua maioria em lares -, abuso sexual, embora em menor escala, e ainda o abuso material, através da tentativa de extorquir dinheiro. Este caso é frequente por parte dos filhos sobre os pais já pouco lúcidos.

Os maus tratos contra os idosos praticados pela família e pelos cuidadores dos lares são muitas vezes agravados pela falta de preparação e pouca sensibilização para a velhice. Segundo o estudo "Violência contra os mais velhos. Uma realidade escondida", das psicólogas Cristina Verde e Ana Almeida, "quanto maior for o índice de dependência do idoso e a precariedade social, mais provável é ocorrerem situações de maus tratos". Mesmo em instituições legalizadas, onde a satisfação de necessidades fisiológicas básicas, cuidados primários de saúde e higiene nem sempre são respeitados."

Fonte : Jornal de Noticias 10/11/2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Aumentam os lares ilegais

Mais preocupante do que os lares sem alvará é o recrudescimento de "casas clandestinas" onde os particulares acolhem idosos sem reunirem as mínimas condições para tal, denuncia o presidente da Associação de Lares de Idosos.

João Ferreira de Almeida disse, ao JN, que este é um fenómeno "muito preocupante, que está em explosão de Norte a Sul do país". Tratam-se de pessoas particulares que aceitam acolher em suas casas "um, dois, três ou mais idosos" a troco de uma mensalidade e que, muitas vezes, colocam esses idosos "a viver em caves ou outros locais do género", critica o presidente da ALI (Associação de Lares de Idosos, Casas de Repouso e Assistência Domiciliária).

De acordo com este dirigente, as autoridades policiais e a própria Segurança Social têm conhecimento desta realidade, mas argumentam que não é fácil actuar. "Só podem entrar em casas particulares com autorização do proprietário ou com mandado judicial e este nem sempre é fácil de obter", observa João Ferreira de Almeida.

Este responsável refere ainda que "ninguém sabe quantas são estas casas, em que condições vivem estes idosos, se têm ou não acompanhamento médico", atribuindo às famílias uma quota-parte na responsabilidade deste fenómeno. "Ao deixarem os seus idosos nestes locais, livram-se desta preocupação", acusa.

João Ferreira de Almeida considera que este fenómeno é mais preocupante do que o dos lares sem alvará porque estes últimos "sempre têm um letreiro a publicitar o que são e a maioria até pertence a empresas registadas". Pede maior fiscalização também para combater a "concorrência desleal".

O JN tentou ouvir o presidente do Instituto de Segurança Social (ISS) sobre a problemática dos lares de idosos e estabelecimentos similares, mas Edmundo Martinho não esteve disponível. Fonte da ISS adiantou apenas que em 2008 foram encerrados 75 lares, devido à "deficiências graves".

Em Janeiro de 2008, o Procurador-Geral da República definiu como tendo "especial prioridade", em termos de investigação, os crimes cometidos contra idosos. Questionada pelo JN, a Procuradoria-Geral da República referiu que "não foi constituída nenhuma equipa especial, mas pediu-se a colaboração das Juntas de Freguesia, das Autoridades de Saúde e das Entidades Policiais".

In JN

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A mais velha candidata às autárquicas

É a mais idosa candidata às eleições autárquicas. Teresa Santos Lopes, tem 97 anos e é candidata à Assembleia de Freguesia de Vila Franca da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra.

Teve oito filhos, é avó de 20 netos, tem 32 bisnetos e um trinetos.

É a primeira vez que se candidata a umas eleições autárquicas, mas tem o discurso político na ponta da língua.

Quem é Teresa Santos Lopes? É uma grande mulher portuguesa de 97 anos que resolveu candidatar-se a vereadora quando a neta não tinha dinheiro para estudar.

Faz a sua campanha política de casa em casa ao lado das duas filhas; mas quem conquista o voto é ela com a sua conversa fluente.

Assumindo-se como "muito politiqueira", tem uma visão de política de fazer inveja a muita gente: "Não se pode ir para uma junta ou uma câmara a pensar que vão os outros trabalhar por nós, não pode ser uma brincadeira O desemprego entre os jovens da Vila Franca da Beira e o estado da sua terra são alguns problemas que preocupam D. Teresa que vai continuar a chamar a atenção para os problemas da terra. Até porque como disse, pode estar "muito doentinha e velhinha mas a língua ainda está boa".

Será que é verdadeira aquela velha máxima "A idade é um posto" ? Uma coisa é certa alguém com a bonita idade de 97 anos poucas ambições económicas já deve ter, as suas ambições devem concentrar-se apenas em ajudar quem necessita e fazer deste nosso Portugal um país mais justo para todos os portugueses. A questão está em saber como fazê-lo.

Fonte: socialgest

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Aprenda a envelhecer com qualidade

Aprenda a envelhecer com qualidade

Data: 02-08-2009 Fonte: Expresso


Em 1920, um homem com 36 anos era velho. Hoje, a esperança média de vida num homem é de 75,18 anos. Mas atenção à saúde, ao dinheiro, à estética e às relações pessoais se quer chegar a velho em boa forma.

Obesidade não, obrigada!

Portugal não é dos países europeus mais envelhecidos, mas é um dos que mais paga a factura da obesidade. Porque submete todos os órgãos a um sobre-esforço, há estudos que defendem que os obesos vivem entre 10 a 15 anos menos do que os magros. "Prevenir a obesidade é aumentar a longevidade da população e promover o bom envelhecimento", lembra Manuel Teixeira Veríssimo, professor da Faculdade de Medicina de Coimbra e coordenador do Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. De um modo simplista, "comer menos e mexer mais" é o conselho mais avisado. Optar por alimentos com menos quantidade de calorias, fazer actividade física regular - adequada à idade (ver mais à frente) - e aumentar a ingestão de frutas e de verduras são armas para se proteger das doenças que aparecem com o passar dos anos.

Mineralize-se e vitamine-se

As vitaminas e minerais são substâncias reguladoras do organismo que, quando em falta, podem originar doenças ou anomalias de funcionamento dos órgãos e do organismo em geral. Nos mais velhos, o risco de aparecimento de défices destas substâncias é maior, porque muitas vezes fazem alimentações monótonas e deficitárias e também devido à habitual polimedicação. A identificação destas carências é particularmente importante nos que têm mais de 65 anos, já que pode causar sinais e sintomas que são entendidos, até pelo médico, como manifestações de envelhecimento sem cura, quando afinal não passam de um défice vitamínico.

Antioxidantes ao virar da esquina

Hoje é difícil não ouvir falar nos outrora desconhecidos antioxidantes, "substâncias presentes em alguns alimentos, outros produzidos pelo próprio organismo, que neutralizam restos de reacções químicas produzidas pelo organismo, que se não forem neutralizadas vão lesar o ADN das células e levar a reacções que facilitam as doenças atrás referidas e o envelhecimento". Vários estudos têm provado que os antioxidantes do reino vegetal têm efeitos antienvelhecimento. Só que, lembra o médico, "uma coisa é demonstrar-se que as populações que consomem alimentos ricos em antioxidantes estão mais protegidas contra determinadas doenças, outra é pensar-se que a suplementação com essas substâncias tem o mesmo efeito". O que se aconselha, mais uma vez, é que se faça uma alimentação rica em fruta, legumes, frutos secos, cereais integrais ou pouco polidos.

Ponha a sua vida em exame

Os seniores estão mais sujeitos a contrair doenças, devendo ser avaliados pelo seu médico com regularidade. Até aos 75 anos, se não houver nenhuma doença grave, bastará fazer a sua avaliação anual com o seu médico assistente. A partir dos 75 surgem, normalmente, mais problemas, alguns dos quais têm mais a ver com as limitações funcionais e com problemas sociais do que, propriamente, com a doença. Por isso, para além da avaliação clínica, deve ser também feita, com alguma regularidade, uma avaliação multidimensional, composta por avaliação funcional, mental, nutricional e social.

Exercício com regularidade e moderação

"Está hoje bem demonstrado que a perda de função dos vários aparelhos e sistemas do organismo é mais lenta nas pessoas que praticam regularmente exercício físico. Tal como está comprovado que ajuda a prevenir e tratar a ansiedade, a depressão e melhora a auto-estima", explica Manuel Veríssimo. A natação, que tem a vantagem de não sobrecarregar as articulações, a ginástica, a marcha, o ciclismo, o golfe, o ténis e a dança são, genericamente, as actividades aconselhadas. Sendo a frequência diária a ideal, são consideradas adequadas três a cinco vezes por semana. Pode também optar por passeios, subir escadas em vez de usar o elevador, fazer trabalhos de jardinagem ou horticultura.

Tabaco e álcool

Para os que continuam a fumar, aconselha-se comer alimentos ricos em vitamina C embora estejam perfeitamente a tempo de parar, com benefícios para o seu corpo. Alegrem-se os apreciadores de vinho tinto, o consumo moderado desta bebida pode ter alguns benefícios para a saúde, nomeadamente porque tem propriedades antioxidantes e efeito positivo a nível do colesterol e da trombose. Saliente-se que como consumo moderado se considera um máximo de 400 ml de vinho por dia para o homem e 250 ml para a mulher.

Beleza é fundamental

Rugas, flacidez, manchas na pele são sinais de envelhecimento cutâneo que a indústria cosmética tenta atenuar, nomeadamente com princípios activos que podem ser encontrados em séruns e cremes, mas também em produtos destinados à limpeza do rosto de marcas conceituadas, explica Catarina Madeira, farmacêutica, especializada em cosmetologia. A sua eficácia depende da utilização diária. Outros produtos com o mesmo objectivo, mas para ingerir ou injectar, são comprimidos/suplementos alimentares que actuam a partir do interior, complementando a acção do creme aplicado exteriormente. Os injectáveis são utilizados nas intervenções cosméticas, cirúrgicas ou não cirúrgicas. Dois dos mais citados são a toxina botulínica e o ácido hialurónico. O primeiro actua por relaxamento muscular, que por sua vez impede a formação ou agravamento da ruga; e o segundo, ao ser injectado, preenche a ruga e as depressões, dissimulando-as. A maior preocupação estética dos homens continua a ser a perda de cabelo e as manchas na pele. A oferta, explica Catarina Madeira, é múltipla no campo da cosmética. E acrescenta que a protecção solar deve ser aplicada durante todo o ano, medida que prevenirá o alastramento de manchas.

Vai dar para viver apenas da reforma?

Talvez sim ou talvez não, como explicou um responsável da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património ao Expresso: "Face ao envelhecimento da população, ao aumento da esperança média de vida e também à incerteza sobre o valor futuro da pensão, o investimento em instrumentos financeiros, como os famosos Fundos de Pensões e os Planos de Poupança Reforma, constitui um complemento de reforma." Estes produtos permitem, através da aplicação de reduzidos montantes, aceder a uma gestão profissional que garantirá, na forma de pensão, a manutenção do orçamento mensal após a passagem à reforma.

Quando idealmente devemos começar a preparar esta poupança?

Quanto mais cedo se iniciar a constituição de um complemento de reforma - PPR ou Fundo de Pensões -, menor será o esforço de poupança exigido. O próprio Estado incentiva a poupar através de uma tabela de benefícios fiscais, por escalões etários, com vantagens acrescidas para os jovens. A subscrição de um Fundo de Pensões/PPR logo no início da vida profissional tem vantagens, uma vez que quanto maior for o período de tempo entre a data da adesão ao Fundo de Pensões e a data da reforma maior será o valor investido e, desta forma, maior o valor do complemento de reforma. Estes fundos podem adoptar várias políticas de investimento: quem estiver longe da idade de reforma poderá optar por um Fundo de Pensões/PPR com uma maior percentagem de investimento em acções, que têm um maior potencial de valorização a longo prazo. Em contrapartida, um indivíduo que se encontre já na casa dos 50 anos deverá optar por um fundo com uma percentagem investida em acções bastante reduzida e com um perfil de risco mais conservador.

Trocar a TV pelos netos e pela solidariedade

Há um rol de iniciativas que se podem pôr em prática depois da reforma. Várias ONG recrutam recém-reformados para seus voluntários. "Está calculado que aos 100 anos o idoso ainda detém cerca 80 por cento das suas capacidades psíquicas, o que é, largamente, suficiente para uma normal vida de relação", explica o médico Manuel Veríssimo. O que se perde em algumas capacidades, como a memória, ganha-se em poder de associação. Os que têm mais de 65 anos devem treinar o cérebro diariamente com leitura, palavras cruzadas e jogos que exijam capacidade de raciocínio. E, já agora, porque não ajudar a criar os netos? Aos pais ajuda, e muito, para os netos é uma bênção, por receberem a atenção que os pais não lhes conseguem dar, e para os avós é uma maneira de se sentirem úteis, ocupados e, com prazer, poder fazer o que possivelmente nunca fizeram com os filhos. O acompanhamento dos netos tem também uma vantagem incomensurável, explica o especialista em geriatria: obriga-os a adaptarem-se às mudanças sociais a que os jovens sempre aderem, favorecendo assim a sua actualização a todos os níveis.

Sexualidade diferente

A menopausa e a andropausa estão associadas a alterações do comportamento sexual, mas é preciso saber que depois dos 65 anos ainda existe vida sexual. A menopausa é marcante na mulher, anunciando-lhe que terminou a função da reprodução. Mas, "é especialmente marcante porque este anúncio se faz com sintomatologia desagradável, correspondente a uma quebra acentuada da produção de estrogénios, a que progressivamente se associam diversas manifestações de envelhecimento a nível de vários órgãos, como pele, órgãos sexuais, ossos, etc.", esclarece o coordenador do Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. A hormonoterapia de substituição é uma forma que a mulher tem de contrariar esta situação, no entanto, como pode aumentar, ainda que ligeiramente, o risco de cancro, muitas mulheres têm receio de aderir à terapêutica, apesar de, na prática, melhorar muito a qualidade de vida da mulher menopáusica. Já a andropausa é progressiva, e não é evidente propriamente uma quebra, como na mulher, sendo antes um contínuo resultante da progressiva mas lenta diminuição da produção de androgénios. Sendo evidentemente marcos na vida de homens e mulheres, estas fases não representam o fim do apetite sexual mas antes uma sexualidade diferente da das idades mais jovens, "não deixando contudo de continuar a ser interessante e atraente"

Cartão para seniores

O acréscimo a médio prazo dos casais "bipensionistas", que se deve à generalização do trabalho feminino remunerado, é um factor que irá contribuir para o aumento do rendimento disponível dos seniores no futuro. É expectável que aumente o consumo sénior na saúde, na higiene e beleza, no turismo (veja-se o sucesso da experiência do "Turismo Sénior" do Inatel) e na ocupação de tempos livres. A criação recente do cartão Mundo Sénior (em paralelo com um jornal com o mesmo nome dirigido a esta faixa etária) tem como objectivo incentivar uma perspectiva activa da reforma. Trata-se de um cartão, de acesso gratuito, que dá ao seu portador um conjunto de descontos em serviços e produtos dirigidos à população maior de 65 anos nas mais diversas áreas - Saúde, Turismo, Lazer e Formação, Telecomunicações. No sector da banca e segurador, o portador do cartão terá, por exemplo, acesso a seguros especialmente formatados para o sector sénior

terça-feira, 7 de julho de 2009

sábado, 13 de junho de 2009

AJUDAR A LEVANTAR DE UMA CADEIRA


Os idosos em Portugal

"No dia 26 de Julho vai comemorar-se o Dia Mundial dos Avós, o que motivou a realização de um sondagem exclusiva no Fonebus sobre a situação dos idosos em Portugal. Confira os resultados.

Marktest.com, 24 Julho 2007

Em 2005, as estimativas do INE apontam para a existência de 1,8 milhões de idosos (65 e mais anos) a residir em Portugal, um valor que representa 17.1% da população total.

A representação geográfica desta variável mostra um país divido entre litoral e interior, sendo aqui que o peso dos idosos é maior. As áreas metropolitanas da Grande Lisboa e do Grande Porto (especialmente esta) mostram uma estrutura mais rejuvenescida.

Idanha-a-Nova, apesar do nome, é o concelho mais envelhecido do país, aquele onde os mais idosos têm maior peso (42.0% da população residente neste concelho tem mais de 64 anos). Penamacor e Alcoutim são os outros concelhos mais envelhecidos, onde estes indivíduos representam cerca de 40% dos seus residentes.

Clique na imagem para aumentar

Estes são os números de partida. Mas, o que pensam os portugueses da situação em que vivem os mais idosos no nosso país? Foi isso que quisemos saber através da sondagem exclusiva realizada no Fonebus da Marktest.

A primeira questão dizia respeito à avaliação geral que é feita da situação dos idosos no nosso país. A maioria dos inquiridos, 43.4% entende que ela é hoje pior do que há cinco anos atrás. Para 25.7%, a situação melhorou, enquanto 24.6% entende que se manteve e 6.3% não expressa opinião.

Os mais optimistas estão no Interior Norte (30.6% entende que a situação melhorou) e têm entre 55 e 64 anos (31.5% acha que a situação é agora melhor). Pelo contrário, os mais pessimistas são os residentes no Litoral Centro e os indivíduos da classe alta/média alta (52.6% e 52.5%, respectivamente, entendem que a situação piorou).

Os problemas económicos e a solidão são identificados como os principais problemas que atingem actualmente os idosos portugueses. Para 35.8% dos inquiridos as questões económicas são as mais relevantes, enquanto 26.4% refere a solidão. A falta de equipamentos de apoio (como apoio domiciliário, lares, etc...) é indicada por 12.7% dos inquiridos, enquanto 14.4% identifica os aspectos relacionados com a saúde como os mais preocupantes.

Na sugestão de medidas a implementar para resolver os problemas dos idosos em Portugal, o aumento das reformas foi o mais referido, por 39.6% dos entrevistados. Um quarto dos indivíduos (25.3%) indicou a necessidade de haver mais apoios às famílias para manterem idosos em suas casas e 24.4% referiu a criação de mais lares de 3ª idade. A criação de serviços de apoio domiciliário e a criação de centros de dia foram referidas por 19.4% e 17.4% dos inquiridos, respectivamente, havendo ainda 11.1% que indicou que os medicamentos deveriam ser grátis para os idosos.

Este estudo tem uma amostra de 814 entrevistas e foi realizado no Fonebus da Marktest, tendo a recolha decorrido entre os dias 17 e 20 de Julho de 2007, de acordo com a seguinte a Ficha Técnica. Contacte-nos se pretende mais informações sobre este assunto."

quarta-feira, 18 de março de 2009

Qualidade de vida dos seniores em Portugal

Qualidade de vida dos seniores em Portugal » A importância das Universidades da Terceira Idade

Dr. Luís Jacob, Director técnico do Centro Paroquial de Almeirim
O objectivo deste estudo era saber se o modelo de educação de adultos, intitulado «Universidade da Terceira Idade», tem de facto influência na qualidade de vida dos seniores.

A iminência deste estudo impõe-se pelo crescimento deste tido de respostas em Portugal (mais de 66 em Maio de 2005), pelo aumento dos mais velhos e pela relevância que a Comunidade Europeia quer dar à formação ao longo da vida.

Deste modo a RUTIS (Rede de Universidades da Terceira Idade – www.rutis.org) resolveu levar a cabo um estudo em três cidades do País (Santarém, Almeirim e Lisboa) sobre o impacto destas universidades na vida dos seus frequentadores.

Podemos, então, considerar as «Universidades da Terceira Idade, Universidade Sénior ou Academia Sénior como a resposta socioeducativa desenvolvida em equipamento(s), que visa criar e dinamizar regularmente actividades culturais, formativas e de convívio, para e pelos maiores de 50 anos, num contexto de formação ao longo da vida, em regime informal».

As Universidades da Terceira Idade (UTI) como movimento específico de ensino para adultos surgiram em França, em 1973, na Universidade de Toulouse, com o Dr. Pierre Vellas (médico e investigador). As UTI são um modelo de formação de adultos com grande sucesso a nível mundial que lhes proporciona um grande leque de actividades culturais, recreativas, científicas e de aprendizagem.

O termo Qualidade de Vida (QV), que Bowling1 considera como o «nível óptimo de funcionamento físico, mental, social e de desempenho, incluindo as relações sociais, percepções da saúde, bom nível de condição física e satisfação com a vida e bem-estar», não é único e tem recebido uma variedade de definições ao longo dos anos, variado de indivíduo para indivíduo2.

As teorias do envelhecimento bem-sucedido vêem «o sujeito como proactivo, regulando a sua qualidade de vida através da definição de objectivos e lutando para os alcançar, acumulando recursos que são úteis na adaptação à mudança e activamente envolvidos na manutenção do bem-estar» 3.



Estudo

Entre Novembro de 2004 e Abril de 2005, foram feitas 150 entrevistas, nas cidades de Santarém, Almeirim e Lisboa (50 em cada), aplicando a versão portuguesa do questionário SF-12, versão abreviada do SF-36 (Medical Outcomes Study Short Form 36) da Organização Mundial de Saúde. O SF-36 mede o estado funcional e o bem-estar e escolhemos este inquérito por ser curto, prático, multidimensional e bastante utilizado para medir a QV 3.

A amostra estudada foi de 150 indivíduos seniores, divididos em dois grupos. O grupo A foi constituído por 75 alunos das UTI (25 em cada cidade), não trabalhadores, 63 mulheres e 12 homens, com idades compreendidas entre os 50 anos e os 79 anos, com habilitações inferiores ao 12.º ano, residentes nestas cidades e que frequentassem a UTI há mais de um ano.

O grupo B foi constituído por 75 seniores não frequentadores das UTI, não trabalhadores, 60 mulheres e 15 homens, com idades compreendidas entre os 50 anos e os 81 anos, com habilitações inferiores ao 12.º ano, residentes e que não usufruíssem de qualquer resposta social (Centro de Dia, Lar, Apoio Domiciliário, Centro de Convívio e outros).

As UTI estudadas são frequentadas por 80% de mulhe­res, tendo a maioria dos alunos (65%) menos que o 6.º ano de escolaridade.