quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Terapia ajudou ratos com Alzheimer
Um grupo de cientistas conseguiu travar, e mesmo melhorar, os problemas de memória em ratinhos com a doença de Alzheimer através de uma terapia génica, em que um gene específico foi alterado para produzir maiores quantidades de uma molécula, a EphB2, que desempenha um papel chave na função da memória. A descoberta pode levar a uma nova abordagem terapêutica em doentes humanos no futuro.
Uma das características da doença de Alzheimer, tanto em seres humanos como em ratos, é que os níveis da enzima EphB2 são anormalmente baixos nos centros da memória do cérebro. E foi ao aumentar a circulação dessa molécula nessas regiões cerebrais, nos ratinhos, que a equipa do Gladstone Institute of Neurological Disease (GIND), em São Francisco, nos Estados Unidos, conseguiu inverter o problema da memória. O estudo foi publicado ontem na Nature.
As funções da aprendizagem e da memória pressupõem uma boa comunicação entre as células neuronais, o que envolve a libertação de moléculas - os neurotransmissores - que estimulam os receptores nas células. Na doença de Alzheimer há uma diminuição dos neurotransmissores.
"Pensámos que a molécula EphB2 deveria estar ligada aos problemas de memória nesta doença porque é um dos reguladores dos neurotransmissores e atinge níveis muito baixos na doença", explicou o coordenador do estudo, Moustapha Cisse.
Ao normalizarem os níveis daquela molécula nos ratos com Alzheimer os cientistas confirmaram a melhoria das funções da memória nos ratinhos e prevêem que a partir daqui é possível desenhar novas terapias.
Fonte: Jornal de Noticias 30-11-2010
domingo, 28 de novembro de 2010
Há cada vez menos lares para tantos idosos
"A insuficiência de resposta é a maior característica do apoio social a idosos em Portugal", diz Carlos Andrade, da União das Misericórdias Portuguesas (UMP). O ministério que tutela a área garante que não: há mais vagas do que utentes.
Segundo dados da Carta Social de 2008 sobre a capacidade das respostas sociais para a população idosa em Portugal continental, existiam 52.539 utentes em lares de idosos e residências, cuja capacidade total é de 53.373 vagas.
Por sua vez, dados do Observatório de Idosos e Grandes Dependentes da UMP permitem "constatar a persistência da difícil relação entre a procura de idosos que precisam de apoio e acolhimento e a capacidade de resposta: ainda hoje o número de camas é insuficiente", afirma o responsável pelo gabinete de Acção Social da UMP, Carlos Andrade.
Quanto às listas de espera, fonte do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social explica que "não é possível apurar uma lista com rigor", considerando que há idosos que podem inscrever-se em vários lares ao mesmo tempo ou garantir uma inscrição ainda antes de necessitar dela por forma a salvaguardar o seu futuro. Factores como estes podem "empolar as listas".
Com uma posição discordante, Carlos Andrade insiste que a única forma de contrariar a insuficiência de respostas sociais seria "criar uma quantidade de instituições e de camas superior aos valores da própria evolução demográfica" portuguesa, cuja tendência é de aumento do número de idosos. Contudo, o responsável da UMP ressalva que "não há estagnação" no universo das instituições para idosos, mas sim um "crescimento que não consegue acompanhar as necessidades reais".
Há, no entanto, um cenário que começa a evoluir: a qualificação dos equipamentos. Neste âmbito, verificam-se duas realidades distintas, continua a defender Carlos Andrade. "Por um lado, existem instituições com equipamentos novos, lares de grande qualidade tanto a nível nacional, como a nível internacional. Por outro lado, encontram-se os lares que continuam a funcionar com equipamentos antigos, mas esforçando-se para melhorar a qualidade dos seus serviços".
A actualização dos equipamentos, muitos deles a funcionar em edifícios centenários, está à espera que "o Estado reconheça o problema e avance com um projecto de apoio significativo para as Misericórdias e para as outras instituições", acrescenta.
Entretanto, no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais, "o Governo apostou na criação de raiz de alguns lares, facto que vem gerar mais camas e mais empregos". Contudo, a recuperação de lares antigos "terá que tornar-se numa prioridade do Governo".
Já na perspectiva de José Moura, director de O Lar do Comércio, Instituição Particular de Solidariedade Social situada em Leça do Balio, "o Governo não se tem comportado mal, tem vindo a realizar algum esforço no sentido de melhorar a vida dos idosos". No caso do Lar do Comércio, instituição com 73 anos de existência, José Moura sublinha o facto de "manter acordos com o Estado e não subsídios".
Enquanto que naquele lar os idosos pagam 70% da sua reforma, independentemente do seu valor, tendo acesso a todos os serviços da instituição, no universo da UMP, o custo médio mensal de um idoso para uma instituição situa-se entre mil e 1100 euros.
Neste momento, existem 1.352 instituições da UMP a prestar diversos tipos de apoios a 50.170 utentes em Portugal continental, Açores e Madeira. Neste universo incluem-se lares de idosos e lares para grandes dependentes, centros de dia e de convívio e vários organismos de apoio domiciliário.
Para Carlos Andrade, "o futuro reserva o aumento do número de idosos e a sociedade terá que fazer algo que ainda não fez: olhar com atenção para eles".
2009-12-27 Cláudia Luís
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1456260COMO ESCOLHER UMA ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA PESSOAS IDOSAS.
«Cuidar de pais ou familiares idosos nem sempre é algo possível de levar a cabo por uma só pessoa e a alternativa prende-se com um internamento num lar de idosos. Uma vez que este pode ser um passo difícil na vida do idoso e da sua família, é importante saber escolher um lar de idosos e são vários os factores que devem ser levados em conta.
Referências
Uma das melhores formas de ficar a conhecer um bom lar de idosos é pedir referências a pessoas em quem confia – certamente conhece familiares, amigos ou colegas de trabalho que já passaram pela mesma situação e que podem indicar alguns dos lares que já visitaram ou que conhecem. Em alternativa, faça uma pesquisa na Internet ou através da lista telefónica – o importante é reunir várias opções para depois poder analisá-las mais cuidadosamente.
Localização
Por norma, uma família que procura um lar de terceira idade para um idoso, quer que esse espaço seja próximo da residência familiar. Porquê? Para estar o mais perto do idoso possível, de forma a facilitar as visitas regulares, mas também para poder acompanhar de perto o seu estado de saúde e poder estar rapidamente ao seu lado no caso de alguma emergência. Sabia que os idosos que têm visitas regulares nos lares onde vivem são mais felizes e saudáveis?
Orçamento
O internamento de um idoso num lar para a terceira idade implica um custo mensal fixo, o que significa que é necessário delinear um orçamento para o efeito. Antes de fazer isso, porém, é importante que a família se reúna e determine quem é que vai pagar essas despesas – vai ser o idoso ou os filhos/familiares vão repartir as despesas entre eles? Conhecido o valor mensal disponível para o efeito, terá mais um critério para o auxiliar na escolha de um lar de idosos.
Visita guiada
Quando já tiver uma lista de lares de idosos interessantes e um orçamento mensal definido, segue-se talvez o passo mais importante: a visita a cada um dos lares. Telefone e agende uma visita guiada, mas antes verifique se existem vagas nesse lar da terceira idade, uma vez que talvez não valha a pena visitar um espaço que não está a aceitar novos habitantes. Se mesmo assim gostaria de conhecer o local, averigúe se têm lista de espera. Agende a sua visita de preferência para uma altura em que tenha tempo para conhecer bem todas as infraestruturas e equipa – esta visita não deve ser feita a correr, afinal de contas trata-se do local onde o idoso possa vir a passar os próximos anos. Se algum lar se recusar em efectuar uma visita guiada, isso pode ser um sinal negativo e esse espaço deve ser riscado da sua lista.
Apresentação
Pretende-se que um lar de idosos seja isso mesmo, um lar. Deixar a sua casa, o lugar onde provavelmente vive há dezenas de anos, para passar a residir num lar pode ser uma alteração de vida dramática para qualquer idoso. Daí a importância de um lar de terceira idade com infraestruturas modernas, amplas, confortáveis e convidativas, mas não só: a higiene e segurança devem ser a prioridade máxima. A sua primeira impressão vai certamente contar muito, mas estar atento a todos os pormenores é fundamental para fazer uma escolha ajuizada: estado dos quartos, estado das casas de banho, cozinha, zona de refeições, zona de estar, infraestruturas exteriores – tudo conta.
Ambiente
Pode deparar-se com um lar de idosos novo, moderno e equipado com tudo do bom e do melhor, mas e o ambiente que se vive nesse espaço? Preste particular atenção aos idosos que lá vivem: estão confortáveis? Parecem felizes? Bem tratados? Estão ocupados ou entediados? Parecem acarinhados ou abandonados? De pouco ou nada serve um lar de idosos luxuoso se o ambiente não for convidativo e familiar.
Recursos Humanos - Colaboradores
Para além da apresentação das infraestruturas de um lar de idosos, a primeira impressão relativamente ao espaço também terá a ver com a forma como foi recebido pelo staff. A observação da equipa que cuida diariamente dos idosos é crucial, por isso, esteja atento a detalhes como: os profissionais andam fardados e identificados? De que forma falam e interagem com os idosos? A equipa parece suficiente ou composta por pouca gente quando comparado com o número de idosos internados? A forma como trabalham resulta num ambiente tranquilo, agitado, caótico? É importante assegurar que o idoso se sentirá bem-vindo e que estará em boas mãos.
Serviços
Conhecer um lar de idosos também passa por conhecer o seu dia-a-dia e, como a sua visita provavelmente se resumirá a poucos minutos, não terá uma ideia completa de como é o seu quotidiano, por isso, pergunte. Faça questões sobre os hábitos e horários diários, sobre os menus servidos e se é possível fazer pedidos especiais, que tipo de actividades fazem com os idosos, quem é que trata da sua higiene pessoal e com que frequência, no fundo tudo o que lhe vier à mente ou que lhe suscitar curiosidade. Pode também pensar nas necessidades específicas do seu familiar em particular e colocar essas questões ao staff.»
Fonte: http://cuidamos.com/artigos/como-escolher-lar-idosos
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Afinal qual é valor de referência?
Não há acordo sobre o custo real do utente dos lares. Estado fixa 775 euros e as instituições dizem gastar 1126.
O Governo e as instituições particulares de solidariedade social (IPSS) não se entendem sobre o custo de manter um idoso ou deficiente num lar. O Estado quer fixar o valor de referência em 775, 77 euros e as organizações dizem gastar 1126,79 euros, mais 351 euros. É uma das razões porque ainda não assinaram o protocolo de cooperação para 2010, o que devia ter acontecido em Junho. Segunda-feira voltam a reunir-se.
A diferença de valores não implica uma maior comparticipação do Estado, que mantém o montante de 2009: 347,31 euros por utente de um lar e 239,31 por criança no pré-escolar.
"O que está em causa é a fixação de um valor de referência por cada utente de um lar, porque é a partir daí que são definidos os outros valores. E não percebemos porque não estipulam uma quantia mais elevada, quando até o estudo do Instituto de Segurança Social (ISS) (ver infografia) indica custos mais altos", diz Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP).
Os representantes das IPSS protestam que o valor que recebem é sempre inferior aos custos reais e têm dificuldade em dar resposta às famílias mais carenciadas.
"Uma pessoa que tenha uma reforma elevada, ou cujos familiares têm possibilidades económicas paga um máximo de 125% do valor de referência e este montante é abaixo do seu custo real", explica Carlos Andrade, o vice-presidente da UMP. Um idoso com uma reforma mensal de 3500 euros pagará sempre um máximo de 872,74 euros.
A UMP é uma das IPSS com que o Estado estabelece acordos de cooperação anuais através dos ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação e que, nos últimos anos, têm sido assinados em Junho. As outras são a União das Mutualidades Portuguesas e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade. O mesmo engloba as estruturas para crianças, sobretudo no pré- -escolar, onde também existe desacordo. As organizações que prestam este apoio questionam o facto de o Ministério da Educação promover a abertura de equipamentos, com as infra-estruturas das autarquias e funcionários do Estado, em vez de apoiar as suas e que já estão no terreno.
A União das Misericórdias fez um estudo sobre quanto é que gasta com cada utente, recorrendo aos relatórios e contas das Misericórdias de 2007, tendo em consideração todos os custos incluindo os de pessoal. E concluíram: "O custo técnico por utente no lar de idosos corresponde a 1098,24 euros em 2007 e 1126,79, após a respectiva actualização à taxa de inflação", pelo que o valor estimado de 775,77 euros fica muito desfasado da realidade".
E, "mesmo com a possibilidade de comparticipação dos descendentes de 1.º grau, ou herdeiros, sabe-se que as assimetrias sociogeográficas impossibilitam que a solidariedade familiar se efective, suportando as misericórdias o remanescente do custo médio real por utente".
O Ministério do Trabalho e da Solidariedade não quis ontem comentar o assunto "porque as negociações ainda decorrem".
In DN
sábado, 16 de outubro de 2010
Lares fazem saldos.
Fonte: Socialgest
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Pergunta 2?
Qual é atitude mais correcta para lidar com uma pessoa idosa recém institucionalizada?
Com ar fechado e rígido quando ás regras da organização? (comummente o profissional)
ou
Com um ar descontraído e atentos ás novas necessidades da pessoa idosa, mediando as necessidades observadas/expressas e as regras da organização?
Pergunta?
Uma pessoa idosa com alterações musculoesquelética, acamada, sem competências para afastar autonomamente as moscas, nomeadamente da boca:
Como se pode garantir a qualidade de vida da pessoa idosa e minimizar o desconforto de uma mosca "chata"?
Tendo em consideração que o uso de insecticida não é recomendável, e não garante 100% eficácia:
Como podemos reduzir esse desconforto?
domingo, 26 de setembro de 2010
Maus tratos a idosos cresceram 120 por cento
Entre o ano 2000 e o de 2009, o número de idosos vítimas de maus tratos passou de 290 para 639 – números que representam um crescimento de 120 por cento.
Os dados constam no mais recente relatório da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), que se prepara para lançar, no próximo dia 7 de Outubro, uma campanha de sensibilização para o problema. Maria de Oliveira, da APAV, explicou ao Público que este fenómeno apresenta uma «tendência de crescimento» que reflecte a falta de preparação das famílias para cuidarem dos seus idosos.
«É importante que as pessoas percebam o que é envelhecer e que estejam preparadas para alguns quadros de depressão e de demência que podem acontecer aos seus familiares. A pirâmide etária está a inverter-se e vamos ter cada vez mais idosos e pessoas mais velhas a tratar deles que não estão preparadas e que reagem por exaustão e por não terem capacidade e distância emocional. É o chamado “stress do cuidador”», disse.
09:18 - 24-09-2010
sábado, 7 de agosto de 2010
Microsoft recolhe vozes de idosos portugueses
er mais de 60 anos, falar português e viver em território nacional.
São as três condições para doar a voz. É uma campanha para recolher a fala dos seniores portugueses. A ideia é juntar as vozes e formar um modelo em laboratório que depois é usado no reconhecimento da voz em português.
Daniela Braga, a directora de projectos de tecnologia da fala da Microsoft, explica que a voz muda ao longo da vida e por isso, é preciso construir uma voz padrão dos portugueses com mais de 60 anos.
A voz padrão vai ser aplicada em sistemas de assistência aos idosos, por exemplo, para marcar uma consulta ou dar instruções online.
O sistema está a dar os primeiros passos, mas pode ter aplicações práticas no final de 2011.
Daniela Braga admite que numa primeira fase, não vai haver muitos idosos a aderir ao projecto e por isso, foram feitas parcerias com a Santa Casa da Misericórdia e duas unidades de saúde.
Um projecto a olhar para o futuro, contando que em 2050, cerca de um quarto da população terá mais de 60 anos.
Fonte: TSF - Rádio Notícias
Inclusão da vacina da gripe sazonal no Plano de Vacinação
O estudo deverá avaliar os benefícios da inclusão no Programa Nacional de Vacinação (PNV) da vacina contra a gripe sazonal e a sua administração anual, através dos centros de saúde, a todos os indivíduos incluídos nos grupos alvo prioritários, que desejem que lhes seja administrada a vacina.
Esta proposta partiu do Bloco de Esquerda e foi discutida a 19 de Maio na comissão parlamentar de Saúde, que decidiu propor ao Governo a realização deste estudo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) fixou como objectivo para 2010 atingir uma taxa de vacinação em idosos de pelo menos 75 por cento, mas de acordo com os últimos dados disponíveis (2008/2009) a cobertura vacinal de idosos é de 53 por cento em Portugal.
O deputado do BE João Semedo argumentou, na altura, que uma das razões para que a taxa de cobertura vacinal “não seja mais próxima dos valores recomendados é porque a vacina é paga”. Segundo o BE, a inclusão da vacina no PNV iria evitar internamentos desnecessários devido a complicações da gripe (pneumonia), o que se traduziria numa poupança de 10,5 milhões de euros por ano na população com mais de 65 anos. “O custo adicional desta medida é de apenas 3,4 milhões de euros do que os encargos actuais com a vacina da gripe, o que é claramente compensado pela poupança em internamentos”, defende o BE.
As vacinas contra a gripe sazonal estão disponíveis para o mercado nacional em Outubro, podendo ser compradas nos meses seguintes. No ano, passado, chegou as farmácias mais cedo, a 15 de Setembro.
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) elegeu como grupos prioritários da vacinação contra a gripe sazonal as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos, doentes crónicos e imunodeprimidos, com mais de seis meses de idade, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (lares de idosos, por exemplo). A vacina é comprada nas farmácias com receita médica e deve ser administrada, preferencialmente em Outubro, mas pode sê-lo durante todo o Outono e Inverno.
Fonte: Jornal Público
“É premente os profissionais que trabalham nesta área juntarem-se, trocarem ideias e debaterem soluções”
“Há médicos que têm um grande interesse por este grupo de doentes, mas oficialmente não existe esta especialidade”, sustentou o médico, defendendo a necessidade “premente” de resolver esta situação devido ao crescente envelhecimento da população portuguesa.
A Alta Comissária da Saúde considera que a Geriatria (que estuda a patologia do idoso) devia ser uma subespecialidade da Medicina Interna. Maria do Céu Machado adiantou que, tal como existem médicos especialistas em bebés, é necessário haver geriatras para cuidar dos idosos, um “grupo específico, com aspectos especiais do funcionamento dos seus órgãos, que não podem ser tratados como um adulto saudável”. “Tem de haver alguém com gosto específico para lidar e tratar do idoso tal e qual como há pediatras com gosto específico para tratar de recém-nascidos”, justifica.
Para a Alta Comissária da Saúde, “há toda uma formação e um conhecimento em fisiologia e fisiopatologia do idoso que é preciso ter”, assim como “todo o conhecimento no tratamento específico” destes doentes. Maria do Céu Machado dá como exemplo a medicação, lembrando que um idoso toma, em média, sete medicamentos por dia. “Tem que se conhecer a fisiopatologia do idoso para saber quais podem ser as consequências adversas de, por exemplo, fazer associação de medicamentos”, exemplifica.
Maria do Céu Machado acrescenta que a maior parte das faculdades de Medicina não tem a cadeira de Geriatria. Naquelas que têm, é uma cadeira opcional ou de mestrado ou pós-graduação. “Tenho conhecimento que a Faculdade de Medicina de Lisboa vai ter uma área de Geriatria e congratulo-me com isso”, frisa.
Para debater os problemas dos idosos, a Associação Portuguesa de Psicogerontologia reuniu, em congresso, vários especialistas para debater temas como “osteoporose e prevenção de quedas”, “cuidados de saúde para os mais velhos” e “processo de envelhecimento e estratégias preventivas”.
“É premente os profissionais que trabalham nesta área juntarem-se, trocarem ideias e debaterem soluções” para responder aos desafios levantados pelo envelhecimento da população, justifica o vice-presidente da associação.
Fonte:20.10.09 · Informação APP - associação portuguesa psicogerontologia
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Livro: (...) maus tratos ao Idoso
José Carreira
Sinopse: «Num contexto de globalização e de desenraizamento cultural e afectivo a população idosa, que representa uma faixa populacional em crescimento nos países desenvolvidos, tem apresentado carências múltiplas ocasionadas pelo abandono e pelos maus-tratos em ambientes hostis, que acompanharam o êxodo das populações do interior para as grandes cidades. Perdidas as referências e o poder simbólico de quem mantinha a casa com o seu salário, o velho de hoje, tido como sobrante, soma à sua solidão os maus-tratos numa qualidade de vida que se perde e não se recupera»
Fonte
http://www.bubok.pt/
sexta-feira, 12 de março de 2010
8 em cada 10 dos cuidadores informais sofrem de stress
Fonte: socialgest
domingo, 21 de fevereiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Prestação familiar de cuidados a idosos dependentes com e sem demência...
título | Prestação familiar de cuidados a idosos dependentes com e sem demência : abordagem multidimensional das (dis)semelhanças |
autor | Figueiredo, Daniela Maria Pias de, |
orientador | Sousa, Liliana Xavier Marques de Lima, Margarida Pedroso de |
data | 2007 |
tipo | Tese de doutoramento |
assunto | Ciências da saúde / Pessoas idosas / Cuidados de saúde / Pessoas idosas |
departamento | Secção Autónoma de Ciências da Saúde, Universidade de Aveiro |
resumo | A investigação acerca da prestação informal de cuidados tem privilegiado a análise dos impactos negativos (sobrecarga). Todavia, uma abordagem que exclui os aspectos positivos é incapaz de proporcionar uma explicação compreensiva da complexidade da prestação de cuidados a um familiar idoso dependente. Paralelamente, a maioria dos estudos sobre os impactos da tarefa de cuidar recai sobre os cuidadores de idosos com demência. Assim, torna-se fundamental comparar o impacto desta tarefa nos cuidadores familiares de idosos dependentes com e sem demência. Os modelos transaccionais de stresse permitem explorar a complexidade e dinâmica da prestação informal de cuidados. Este estudo tem como principal finalidade compreender a perspectiva de cuidadores familiares de idosos dependentes com e sem demência acerca das principais dinâmicas inerentes a prestação de cuidados, como se relacionam e quais os efeitos sobre o seu bem-estar. A amostra compreende 99 cuidadores familiares de idosos dependentes: 52 cuidam de um idoso com demência e 47 de um idoso sem demência. Foram administrados vários instrumentos para avaliar diferentes variáveis inerentes ao contexto da prestação familiar de cuidados: variáveis sócio-demográficas e contextuais do cuidador familiar e do idoso dependente, grau de dependência funcional do idoso, stressores primários objectivos e subjectivos, tensões de papel e tensões intrapsíquicas, percepção das dificuldades, estratégias de coping, satisfações, rede social pessoal, satisfação com a vida e percepção do estado de saúde. Os principais resultados indicam que: i) ambas as sub-amostras de cuidadores tendem a percepcionar o seu estado de saúde como fraco, contudo é a nível da saúde mental que se verificam diferenças relevantes entre as sub-amostras, sendo que os cuidadores familiares de idosos sem demência se encontram significativamente melhor; ii) os cuidadores familiares sentem-se um pouco insatisfeitos com a vida, embora aqueles que cuidam de um idoso sem demência tendam a apresentar resultados mais favoráveis; iii) as satisfações que derivam da prestação de cuidados estão presentes e coexistem a par com as dificuldades; iv) a situação de demência ou não no receptor de cuidados não parece assumir um papel determinante no reconhecimento das fontes de satisfação, coping e rede social pessoal; v) a sobrecarga do papel surgiu mais frequentemente como preditora da satisfação com a vida e da percepção do estado de saúde do cuidador. Estes resultados têm implicações na intervenção: alertam para a necessidade de planeamento de respostas diferenciadas, baseadas na percepção do cuidador; despertam para a importância de ajudar os cuidadores a identificar fontes de satisfação na prestação de cuidados, já que estas se associam ao enriquecimento da relação de cuidados, ao incremento do bem-estar do cuidador, coping eficaz e reduzida institucionalização do idoso. fONTE: http://biblioteca.sinbad.ua.pt/teses/2007001045 |
SONDA NASOGÁSTRICA
A sonda nasogástrica é um tubo plástico flexível que se mete pelo nariz até ao estômago. Serve para dar medicamentos e alimentos às pessoas que não conseguem engolir.
Limpeza/Higiene/Fixação
- Após lavar a cara ou tomar banho secar o tubo e trocar o adesivo de fixação ao nariz. Deve estar sempre limpo e seco, evitando o desconforto para o paciente e o mau cheiro;
- Não dar puxões, pois o tubo pode sair do sítio e deixar de cumprir a sua função;
- Limpar as narinas e tomar cuidado para não pressionar a narina ao fixar o tubo, causando feridas;
- Por vezes é necessário proteger as mãos do paciente com luvas sem os dedos, para o impedir de retirar a sonda. Isto pode acontecer em pessoas com demências, agitação motora, quadros de confusão mental, etc.
- Lavar a sonda com água após administração de dietas ou medicamentos (até 20 ml), mantendo sua permeabilidade, evitando que a sonda entupa.
Preparação da alimentação
- Triturar com varinha mágica, até ficar bem fino, quase líquida;
- Depois de triturado, passar os alimentos por um coador fino para eliminar qualquer resíduo sólido que possa obstruir a sonda.
Administração de dieta, infusões de líquidos e medicamentos
- Posicionar o doente;
- Administrar depois.